O gasto médio com os presentes no Dia das Crianças neste ano deve ser de R$ 209,33, segundo levantamento realizado em todas as capitais do país pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pela Offer Wise. Em 2019, esse valor era de R$ 198,79. A expectativa é de que o varejo movimente aproximadamente R$ 10,87 bilhões.
De acordo com o levantamento, 31% dos consumidores vão adquirir dois presentes, enquanto 27% pretendem comprar apenas um, e 18%, três.
Considerando as formas de pagamento, 82% garantem que pretendem pagar à vista, especialmente em dinheiro (49%) e no cartão de débito (31%). Ao mesmo tempo, 36% optarão pelo parcelamento, sobretudo no cartão de crédito (32%). A média será de quatro parcelas, o que significa que essas pessoas estarão pagando pelos presentes até o início de 2021.
“Uma vez que há maior propensão dos consumidores para o pagamento à vista, vale a pena o empresário buscar recursos para incentivar clientes a pagarem suas compras nesta modalidade, o que irá gerar maior fluxo de caixa, além de economia com taxas de cartão e antecipação bancária”, afirma o presidente da CNDL, José César da Costa.
Apesar de o gasto médio ser R$ 11 acima do que ano passado, 36% querem desembolsar menos, 32% pretendem gastar a mesma quantia, e apenas 17% dizem que aceitam pagar mais do que em 2019.
Sete em cada 10 planejam ir às compras
Apesar das incertezas econômicas geradas pela pandemia do novo coronavírus, 72% dos consumidores planejam ir às compras no Dia das Crianças. O percentual daqueles que irão realizar compras na data não mostrou diferença significativa em relação ao ano passado (73,3%).
José César da Costa diz que o Dia das Crianças serve como “termômetro” para entender como serão as vendas de fim de ano por trazer as primeiras impressões do que deve acontecer no Natal.
“Além disso, o varejista, que esteve boa parte do ano de portas fechadas, conta com as vendas do Dia das Crianças neste momento de retomada econômica”, afirma Costa.
Quem não vai adquirir presentes
Com o impacto da covid-19, 25% dos entrevistados alegam que não vão adquirir presentes por falta de dinheiro. Além desses, 24% não possuem nenhuma criança entre o círculo familiar ou de amigos que queiram presentear e 14% afirmam estar desempregados.
Entre aqueles que deixarão de presentear por não ter dinheiro, estar desempregado ou não poder encontrar o filho na data, 71% citam os impactos da pandemia da covid-19.
Itens mais procurados
Roupas e calçados (38%), bonecos/bonecas (33%) e os jogos de tabuleiro/educativos (28%) serão os presentes mais procurados na data neste ano.
De acordo com o levantamento, os consumidores irão procurar mais a internet/lojas virtuais (34%), o shopping-center (31%) e as lojas de rua/bairro (24%) para realizarem as compras.
“Estratégias de abordagem multicanais – como lojas físicas que utilizam recursos de vendas on-line – que adotem divulgação por meio de redes sociais e envio de ofertas ao consumidor via whatsapp, quando aliadas a um sistema de entrega eficiente, podem ser grandes forças no aumento das vendas das lojas de bairro e shoppings, sobretudo do pequeno e médio varejo.
Vale ainda trabalhar o uso de imagens e ofertas exclusivas para atrair atenção do consumidor”, finaliza o presidente da CNDL.
Metodologia
Foram entrevistados consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) e que pretendem comprar presentes no Dia das Crianças.
A pesquisa foi realizada via web. Os dados foram coletados entre os dias 1 e 8 de setembro de 2020.